terça-feira, 21 de agosto de 2012

Fogo atinge 13% de áreas de proteção no país



O avanço das queimadas já atinge 210 das 1.570 áreas de preservação do país --13% do total. Os focos de incêndio foram registrados nos 15 primeiros dias deste mês e afetam inclusive 92 terras indígenas, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O total de focos em áreas protegidas (3.652) nesse período já representa 83% do registrado em todo o mês de agosto de 2011 (4.369).
No parque nacional do Araguaia (TO), campeão de focos de incêndio entre as unidades federais, a direção calcula que 20 mil hectares estavam em chamas no final da semana passada.
Para apagá-las, 21 brigadistas do ICMBio (Instituto Chico Mendes), instituição federal que cuida do local, se revezavam em campo. O parque tem 555,5 mil hectares.
"Esse número [de brigadistas] é insuficiente", afirma o chefe do parque, Raoni Japiassu Merisse.
"Mas não temos estrutura para mais. Precisaríamos de mais veículos para levá-los a campo e de mais servidores [administrativos]", completa.
O governo federal contratou 3.643 brigadistas para todo o país --1.900 para o Prevfogo (centro do Ibama que combate queimadas em 19 Estados) e 1.743 para o ICMBio, que ficam em cem unidades de conservação.
Em áreas estaduais, o combate ao fogo é feito por brigadistas das unidades ou por bombeiros. Nas áreas federais, a tarefa é do ICMBio. Já nas terras indígenas, o combate ao fogo é feito pelo Prevfogo, com aval da Funai (Fundação Nacional do Índio).
"Nosso efetivo é suficiente para os incêndios de pequeno e médio porte, que são 99% dos eventos", diz o coordenador de emergências do ICMBio, Christian Berlinck.

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